Fevereiro 2013 – Janeiro 2016
Ohayo, Bom Dia, de Yasujiro Ozu, foi a obra escolhida para dar início ao programa piloto de Os Filhos de Lumière “Escola no Cinema”, que conta já com o apoio da Cinemateca para uma primeira projecção do filme, numa sessão reservada aos alunos das escolas envolvidas no projecto.
A Associação Os Filhos de Lumière desenvolve, actualmente, através do Programa Estímulo à Melhoria das Aprendizagens da Fundação Calouste Gulbenkian, um projecto com a Escola Secundária de Serpa. No âmbito desta iniciativa, alunos e professores participaram em oficinas formativas, “Olhar à Volta” e “Filmar“, assim como no programa piloto “A Escola no Cinema“, que consiste em projecções acompanhadas de apresentação de pistas a desenvolver na sala de aula.
O envolvimento da Cinemateca Portuguesa foi inestimável para o começo desta faceta do programa, através da projecção do filme “Bom Dia”, de Yasujiro Ozu, no dia 20 de Fevereiro de 2013, oferecendo uma valiosa experiência de visionamento de um filme em sala de cinema aos participantes.
Neste início de ano lectivo, vamos apresentar o filme “Aniki Bóbó”, de Manoel de Oliveira, no CineTeatro Municipal de Serpa, no dia 31 de Outubro de 2013, para professores e alunos,.
– THE IDLE CLASS (Charlot, amador de golfe) Charles Chapl, 32′, 1921, EUA,
– L’ARGENT (O Dinheiro) Robert Bresson, 85′, 1983, França, legendado em português
– QUEM ESPERA POR SAPATOS DE DEFUNTO MORRE DESCALÇO, João César Monteiro, 33′, 1971, Portugal
– O RIO DO OURO, Paulo Rocha, 103′, 1999, Portugal
A Associação Os Filhos de Lumière desenvolve, actualmente, através do Programa Estímulo à Melhoria das Aprendizagens da Fundação Calouste Gulbenkian, um projecto com a Escola Secundária de Serpa. No âmbito desta iniciativa, alunos e professores participaram em oficinas formativas, “Olhar à Volta” e “Filmar“, assim como no programa piloto “A Escola no Cinema“, que consiste em projecções acompanhadas de apresentação de pistas a desenvolver na sala de aula.
O envolvimento da Cinemateca Portuguesa foi inestimável para o começo desta faceta do programa, através da projecção do filme “Bom Dia”, de Yasujiro Ozu, no dia 20 de Fevereiro de 2013, oferecendo uma valiosa experiência de visionamento de um filme em sala de cinema aos participantes.
Neste início de ano lectivo, vamos apresentar o filme “As Donzelas de Rochefort ”, de Jacques Demy, no CineTeatro Municipal de Serpa, no dia 14 de Fevereiro de 2014, para professores e alunos.

10:00 – Apresentação Projeto EMA
10:15 – A experiência dos “Filhos de Lumièrè” (Esc. Sec. Serpa) por Teresa Garcia e José Lã Correia
10:30 – Pausa
11:00 – A Escola e o Cinema
11:20 – 100Cenas – E.Sec. Castro verde
11:50 – Testemunho Diogo Gouveia
12:10 – Testemunho Professores na Tela
12:30 – – Interação com público
13:15 – Almoço
14:30 – Visionamento de filmes de alunos e professores
15:30 – Resultados Projeto EMA
16:00 – Encerramento
As associações Os Filhos de Lumière e A Bao A Qu (na Catalunha), as Câmaras Municipais da Moita e de Bordils, o Agrupamento de Escolas de Alhos Vedros e a Escola de Bordils, juntaram-se no biénio 2012 – 2014 para a realização do projecto: Descobrindo e construindo o património local e europeu através da criação audiovisual, um modelo de cooperação entre o município e a cultura, o conhecimento e a coesão social” desenvolvido no âmbito do programa Comenius Régio.
Durante dois anos, alunos e professores da escola de Bordils e do Agrupamento de Escolas José Afonso na Moita exploraram o mundo que os rodeia através da fotografia e do cinema, apoiados por cineastas e profissionais de cinema. Observaram, investigaram, filmaram, seleccionaram, montaram e partilharam, dando a conhecer a sua região, cultura e língua, as semelhanças e diferenças, as tradições e memórias, em volta de temas comuns: os bosques e as estações do ano, os espaços vazios, as hortas, os retratos, os ofícios, de cada lugar…
Os alunos de Bordils deram a conhecer o seu trabalho e o trabalho dos alunos da Moita numa exposição que decorreu a 21 de junho em Bordils com a presença dos participantes de Bordils e de representantes dos três parceiros portugueses. No dia 28 de Junho as 21h30, será inaugurada uma exposição na Praça da República, em Alhos Vedros na Moita, que irá dar conta do trabalho realizado ao longo destes dois anos nas duas regiões com a presença dos parceiros espanhóis.
Em Portugal será lançado em breve “A Nossa Terra é um Mundo” um livro que reúne imagens e textos do trabalho desenvolvido durante os dois anos pelos alunos das escolas de ambos os países.
No âmbito da comemoração dos 100 anos do Lyceu Passos Manuel dois filmes realizados pelo alunos dos Grupos de Cinema foram apresentados na Escola Secundária Passos Manuel, em Lisboa, no sábado 9 de Janeiro de 2015:
O Numero Recusado
realizado em 2014 no âmbito do programa O Mundo à Nossa Volta / Cinema, cem anos de juventude 2013-2014
realizado em 2013 no âmbito do programa Cinema, cem anos de juventude 2012-2013
A associação Os Filhos de Lumière está a desenvolver o projecto Moving Cinema, em parceria com a associação “A Bao A Qu”, na Catalunha, “Meno Avilys”, na Lituânia, Centre for the Moving Image, na Escócia, a Cinemateca Francesa e a Cinemateca Portuguesa… Este projecto é apoiado pela Europa Criativa – Sub-Programa Média e tem como objectivo principal desenvolver a literacia cinematográfica junto das crianças e jovens.
Neste âmbito os jovens vão participar no dia 29 numa das sessões dedicadas por DocLisboa, em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, à Želimir Žilnik que irá estar presente e disponível para conversar com o público presente.
As primeiras curtas metragens de Želimir Žilnik são fundadoras do movimento de jovens cineastas Jugoslavos a quem foi dado o nome de Vaga Negra (Black Wave), no final da década de 1960. A esse nome de Vaga Negra, usado pelos seus detractores com uma irónica referência à Nova Vaga francesa, Žilnik responde com o Black Film (Filme Negro), de 1971. Os primeiros quatro filmes, realizados num tempo curto, traçam um retrato pouco abonatório do país, concentrando -se nos mais desfavorecidos, desempregados em The Unemployed, jovens sem rumo em Newsreel, crianças negligenciadas, já em ruptura com a sociedade, em Little Pioneers.
Em June Turmoil, as manifestações de descontentamento dos estudantes adquirem um cariz mais claramente político e crítico do regime Jugoslavo da época. Não obstante, em todos os filmes que aqui descobrimos, Žilnik recusa tratar aqueles que retrata como vítimas, e procura, pelo contrário, mostrar a sua força, a sua energia e a sua inexorável vitalidade. O último filme da sessão, porventura o mais polémico, será talvez aquele que também nos pode trazer mais facilmente a situações que bem conhecemos, como é o caso dos sem -abrigo. Aqui, mais ainda do que o drama dos próprios, a revolta de Žilnik, personagem e realizador, que recusa a inevitabilidade e a indiferença, marca o filme.
Filmes da sessão:
Žurnal o omladini na selu, zimi (Reportagem na Cidade da Juventude, no Inverno)Ano:
1967 Duração:15’
O documentário foi rodado em aldeias, nos arredores de Novi Sad – Bukovac, Krčedin e Futog. A câmara centra-se nos jovens e no seu tempo livre em adegas, bailes, ruas da aldeia e bares. Os protagonistas são homens e mulheres jovens, espirituosos e enérgicos. Divertem-se, mas gostariam de estar noutro sítio qualquer.
Nezaposleni ljudi (O Desempregado)
Ano: 1968 Duração: 13’
O filme apresenta uma série de retratos e situações em que as pessoas se encontravam, após se tornarem redundantes, durante o período de reformas económicas que deveriam estabelecer uma economia de mercado na Jugoslávia. Em entrevistas, as pessoas expressam as suas dúvidas e confusão, pois esperavam que o socialismo lhes trouxesse mais segurança social.
Pioniri maleni mi smo vojska prava, svakog dana ničemo ko zelena trava (Pequenos Pioneiros)
Ano: 1968 Duração: 18’
Crianças socialmente negligenciadas, a tomarem conta de si mesmas, atrevem-se a roubar e a violar a lei. Discutem com pais, que não só não os compreendem, como também não nutrem sentimentos por eles. Em contraponto, vemos um programa de televisão onde o popular actor e apresentador Gula (Dragoljub Milosavljevic) se dirige a crianças felizes e despreocupadas.
Lipanjska Gibanja (Manifestações de Junho)
Ano: 1969 Duração: 10’
O filme documenta manifestações de estudantes, em Belgrado, em Junho de 1968. Žilnik imerge um actor profissional numa situação de vida real: Stevo Žigon declama, em frente a uma imensa multidão, o monólogo de Robespierre extraído de Dantons Tod (A Morte de Danton), de Büchner.
Žilnik passa de observador a participante activo da história, um realizador.
Crni film (Filme Negro)
Ano: 1971 Duração: 14’
Uma noite, Žilnik apanha um grupo de sem-abrigo das ruas de Novi Sad e leva-os para casa. Enquanto eles se divertem, o realizador tenta “resolver o problema dos sem-abrigo”, levando com ele uma câmara de filmar como testemunha. Fala com assistentes sociais e pessoas comuns e até interpela polícias. Todos fecham os olhos perante o “problema”.
Ciclo de Cinema programado pela Associação Os Filhos de Lumière nos dia 30 e 31 de Outubro e 6 e 7 de Novembro no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
30 OUT | SEXTA-FEIRA
21h00 | Sessão de cinema
Tadjrebeh (A Experiência) de Abbas Kiarostami – Irão /1973 / 60’
Zéro de Conduite (Zero em Comportamento) Jean Vigo – França / 1933 / 41’
Com a presença de Alain Bergala, Maria Luís Borges de Castro e José Manuel Costa
31 OUT | SÁBADO
10h30-12h30 | Mesa redonda com Alain Bergala, Maria Luís Borges de Castro e Marcos Uzal
15h00 | Sessão de cinema*
Com a presença de Marcos Uzal e Maria Luís Borges de Castro
My Childhood (Minha Infância) de Bill Douglas – Reino Unido / 1972 / 48’
My Ain Folk (Minha Gente) de Bill Douglas – Reino Unido / 1973 / 55’
18h30 | Sessão de cinema
Com a presença de Marcos Uzal, Maria Luís Borges de Castro e Pedro Costa
My Way Home (O Meu Caminho para Casa) de Bill Douglas – Reino Unido / 1978 / 72’
Tarrafal (in O Estado do Mundo) de Pedro Costa – Portugal / 2012 / 18’
Todos os filmes serão legendados em português.Todas as conversas terão tradução simultânea para português.
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Para os cineastas que há 15 anos atrás fundaram a associação Os Filhos de Lumière – e se dedicam à sensibilização de crianças e jovens para o cinema como forma de olhar o mundo, de desenvolver um imaginário, de crescer, de viver com os outros -, a reflexão sobre as questões da educação tornou-se um elemento crucial da sua actividade.
O desafio que o Dr. Carmelo Rosa lançou para organizarmos um ciclo de cinema que servisse de mote para pensar a educação veio, assim, ao encontro de algo que está no centro das nossas interrogações.
Os filmes escolhidos para este programa não tocam forçosamente a escola (embora também o façam), mas sim a infância, o imaginário e as questões que cada realizador levanta sobre o que é crescer e aprender a viver no mundo.
Mas a confrontação essencial entre uma escola com um formato cada vez mais fechado e burocratizado e o mundo exterior (a vida), não pode deixar de ser um dos aspectos chave dessa reflexão.
Apesar de ser – como lembra o cineasta Víctor Erice – a mais secreta das linguagens artísticas e a menos compreendida, o Cinema é um meio fundamental para nos levar a pensar, mas também a sonhar e a imaginar outras formas de ver e de viver.
Os autores, cineastas e pedagogos presentes irão tecer uma multiplicidade de olhares singulares sobre estas questões, “dar a ver o outro lado das coisas”, uma das faces mais importantes do olhar cinematográfico.
A Fundação Lucinda Atalaia, que há muito reflecte sobre estas questões, participa em conjunto connosco nesta procura e neste olhar novo sobre a educação e sobre o cinema.
A Cinemateca Portuguesa, para quem a relação entre o cinema e a educação é uma questão crucial, é também um parceiro essencial na concretização deste programa.
Pensar em educação para pensar o cinema, ou vice-versa.
Teresa Garcia e Pierre-Marie Goulet (Associação Os Filhos de Lumière)
Arte, Ciência e Educação formam um triângulo que tende a ampliar-se e a desenvolver-se até atingir o círculo. Círculo de envolvimento numa dinâmica comum de saberes, de afectos, de partilha e descoberta. Várias gerações poderão encontrar-se para alcançar o bem estar, o entendimento e o progresso.
“(…) o cinema pode ser uma espécie de sonho, um sonho exterior (…)” como disse João dos Santos. O cinema, a sétima arte, tende para a vivência do sonho, desafio da realidade, em abordagens amplas e de pormenor, que nos permitem olhar o Outro e descobrirmo-nos através da objectiva que ele nos oferece.
Manuela Cruz e Paula Santos Lobo (Fundação Lucinda Atalaia/Jardim Infantil Pestalozzi)
Apresentação de “Um Dia na Nossa Escola”(A escola aos nossos olhos) filme colectivo realizado durante O Primeiro Olhar 89 pelos alunos da turma de 4º ano do Jardim Infantil Pestalozzi, em Lisboa no âmbito de ” A Ciência e a Arte na Arte de Educar” , II Encontro da Fundação Lucinda Atalaya
Apresentação na sala Felix Ribeiro do filme “Le Havre” (2011), de Aki Kaurismaki. Sessão dedicada a todos os participantes nos projectos O Mundo à Nosa Volta (Cinema, cem anos de juventude e O Primeiro Olhar) e Moving Cinema.
“Le Havre” integra a selecção de filmes que serão apresentados nos outros países participantes no projecto Moving Cinema: Catalunha (Espanha), Lituânia, Escócia (Reino Unido), França e Portugal.
Os parceiros que integram o projecto Moving Cinema são: A Bao A Qu (Catalunha/Espanha), Os Filhos de Lumière(Portugal), Meno Avilys (Lituânia). A França (através da Cinemateca francesa) e o Centre for the Moving Image (Escócia/Reino Unido)