Mais de mil crianças e adolescentes nos sete países envolvidos neste dispositivo realizaram este ano pequenos filmes a partir das mesmas regras do jogo, colocando-se uma questão que está no centro de todas as etapas da criação cinematográfica. Qual a parte do real na ficção?
Desde a escrita do argumento, á escolha dos décores, dos enquadramentos, representação dos actores, gravação do som, até á montagem e misturas, eles confrontaram-se com a escolha de filmar o que surge á sua volta muitas vezes sem se esperar.
Barcos que vão e vêm, a luz que muda todo o tempo, mercados, portos, ruas e jardins, tartarugas, pássaros, peixes ou cães, pessoas que surgem e interpelam inesperadamente, os sons reais e imaginários dos lugares, estarão no programa destes três dias de apresentação dos filmes que participaram no programa pedagógico Cinema cem anos de juventude na Cinemateca Francesa, em Paris.
Os cineastas e os professores que orientaram este dispositivo ao longo do ano irão também estar presentes e participar no balanço anual deste programa pedagógico, e na preparação do próximo ano lectivo.
Este projecto que tem vindo a ser desenvolvido em Portugal pela mão da Associação Cultural Os Filhos de Lumière há já seis anos, é realizado em parceria com a Cinemateca Francesa e a Cinemateca Portuguesa tem o apoio financeiro do ICA-Programa VER, das Câmaras Municipais de Serpa e da Moita, de diversas entidades locais nas quatro cidades, da Cinemateca Francesa e ainda dos Ministérios da Cultura e da Educação de França.